jueves, 4 de octubre de 2012
PRECIO INTERNACIONAL DE LOS ALIMENTOS SUBEN AL NIVEL DE LA CRISIS DE 2008
Preço dos alimentos sobe ao nível da crise de 2008, aponta FAO
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DA REUTERS
Os preços globais dos alimentos registraram alta em setembro e são vistos perto dos níveis atingidos durante a crise alimentar de 2008, disse a FAO (Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), ao reduzir as previsões para produção global de cereais.
A pior seca em mais de 50 anos nos Estados Unidos levou os preços do milho e da soja a máximas recordes durante o verão.
Além disso, a seca na Rússia e em outros países exportadores do Mar Negro elevou os temores de uma nova crise.
No entanto, os preços dos grãos recuaram nas últimas semanas com o rápido progresso da colheita nos EUA e com a fraca demanda de uma economia global em desaceleração.
O índice de preço dos alimentos da FAO, que mede as alterações mensais dos preços de uma série de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, subiu para média de 216 pontos em setembro, depois de ficar estável em 213 pontos em agosto, aponta a FAO em seu relatório mensal.
O aumento refletiu principalmente os preços mais altos dos laticínios e da carne, além de aumentos menores nos cereais.
Apesar de o índice ainda estar abaixo do pico de 238 pontos atingidos em fevereiro de 2011, quando os altos preços dos alimentos ajudaram a estimular as revoltas da Primavera Árabe, o valor se aproxima dos vistos em 2008, quando levou a conflitos nos países pobres.
"Os preços estão se mantendo altos. É altamente improvável ver uma normalização dos preços no curto prazo", disse o economista sênior da FAO, Abdolreza Abbassian, à Reuters.
Ele disse, no entanto, que não está claro se o pequeno aumento de setembro significa que os preços estão agora em tendência de alta, mas espera que a volatilidade se intensifique nos mercados nos próximos meses.
Abbassian disse que uma reunião ministerial para discutir os preços dos alimentos está planejada para 16 de outubro.
O presidente francês François Hollande lançou uma campanha global para ganhar apoio para estoques estratégicos de commodities agrícolas, mas o comissário de desenvolvimento da União Europeia, Andris Piebalgs, disse nesta semana que este não é o melhor jeito de frear os preços, aconselhando um foco nos investimentos agrícolas para impulsionar a produção.
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