lunes, 6 de octubre de 2014
FRENTE AOS RESULTADOS DAS ELEICOES PRESIDENCIAIS NO BRASIL DE 5 DE OUTUBRO DILMA E AECIO VAO PARA SEGUNDA VOLTA DIA 26
EL DOLAR COMERCIAL OPERA EN CAIDA Y LA BOLSA SUBE 5% .EXPECTATIVA PARA 2 TURNO SÃO PAULO - A definição em relação ao segundo turno das eleições presidenciais, que será disputado entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), levou a um movimento de ajustes nos mercados brasileiros, levando o preço dos ativos para cima. O dólar comercial opera em queda - na mínima, chegou a recuar 3,5%, para R$ 2,377 e a Bolsa brasileira está subindo quase 5%. Às 15h30, a moeda americana apresentava um recuo de 1,37% frente ao real, a R$ 2,4280 na compra e a R$ 2,4300 na venda. Já o Ibovespa, principal indicador do mercado acionário local, sobe 4,89%, aos 57.207 pontos, puxado principalmente pelas estatais. Na avaliação de Ítalo Abucater, gerente de câmbio da corretora Icap do Brasil, a desvalorização do dólar está atrelada ao cenário eleitoral, com o entendimento que a oposição está com chances maiores de vencer. No entanto, ele não vê espaço para a moeda recuar ao patamar em que se encontrava até agosto, em torno de R$ 2,25. — O patamar para o dólar agora é outro. Se a Dilma ganhar no segundo turno, o mercado vai testar novos testo. Teremos três semanas de grandes volatilidade. Mas independente de quem ganhar, o cenário externo impossibilita um recuo na cotação. O piso agora vai ser R$ 2,40 e, qualquer um que ganhe, o dólar não deve fechar abaixo de R$ 2,50 até o final do ano — afirmou. VEJA TAMBÉM Dólar comercial encerra setembro com alta de 9,38%; fundo de renda fixa é melhor aplicação no ano Ações defensivas, em meio à instabilidade eleitoral, estão nas carteiras das corretoras para outubro Em 2002, dólar chegou a R$ 3,99 Acervo O GLOBO: Banco americano criou ‘Lulômetro’ do câmbio na eleição presidencial de 2002 Para Abucater, essa pressão do dólar decorre do cenário externo, com a expectativa de aumento de juros por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que deve acontecer até meados do próximo ano. Por essa razão, o executivo acredita também que, independente de uma vitória da oposição ou da situação, os leilões diários do Banco Central devem ser mantidos, para amenizar essa pressão de valorização do dólar - a oferta está em torno de US$ 200 milhões ao dia e, além disso, a autoridade monetária está fazendo a colagem dos contratos de swap (que equivalem a uma venda de moeda) com vencimento em 3 de novembro. Nas últimas semanas, os mercados financeiros reagiram negativamente ao fortalecimento de Dilma nas pesquisas de intenção de voto que, ao mesmo tempo, indicavam perda de fôlego da candidata Marina Silva (PSB). Só em setembro, o dólar teve valorização de 9,33%. Já a Bovespa, no mês passado, viu seu principal índice acumular perda de 11,7%, a maior queda mensal desde maio de 2012. Nessa segunda-feira, o real também é a moeda que apresenta a maior valorização frente ao dólar, segundo dados compilados pela agência Bloomberg. Mas a desvalorização do dólar frente às outras moedas é mais contida, não ultrapassando 1%. O economista-chefe do Banco J. Safra, Carlos Kawall, que foi secretário do Tesouro Nacional no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também avalia que, apesar da queda do dólar nessa segunda-feira, a tendência para a moeda é de alta. — Pelos fundamentos, nós deveríamos ter um dólar mais forte. O patamar de R$ 2,50 é mais realista que o patamar de R$ 2,20 ou R$ 2,30 — disse. AÇÕES DA PETROBRAS DISPARAM A alta forte da Bolsa, puxada por estatais, é uma reação natural e já esperada do mercado, que sempre se mostrou mais favorável aos candidatos de oposição. O gerente de renda variável da H.Commcor, Ari Santos, afirmou que agora os investidores irão se preparar para o cenário do segundo turno, ajustando as carteiras para essas semanas de maior volatilidade. — Mas depois do segundo turno deve mudar tudo. Independente de quem ganhar, o PIB vai crescer pouco e o superávit primário (economia para pagar juros) não está em um nível bom. Olhando os dados econômicos, não era para a Bolsa estar nesse patamar. É uma euforia momentânea. Tende a dar uma acalmada — afirmou Santos. Em resumo, essa volatilidade vai continuar nas próximas três semanas, com maior efeito nas estatais. . As ações da Petrobras estão entre as mais influenciadas pelo cenário eleitoral. O diretor de gestão de recursos da corretora Ativa, Arnaldo Curvello, lembra que o papel preferencial (sem direito a voto) da petrolífera recuou mais de 20% em setembro enquanto Dilma firmava-se na liderança nas pesquisas e fechou a R$ 18,35 na sexta-feira passada. Nesta segunda-feira, no entanto, opera em alta de 12,91%, a R$ 20,72. As ordinárias (com direito a voto) sobem 11,20%, a R$ 19,46. — O mercado vai continuar operando com base em pesquisas eleitorais, mas é bem frustrante imaginar que você não vai conseguir formar realmente posições de longo prazo, porque as pesquisas erraram — lamentou o gestor. Também apresentam forte variação nessa segunda-feira as ações do Banco do Brasil, que sobem 12,68%. As preferenciais da Eletrobras têm alta de 7,58% e as ordinárias avançam 9,44%. Já as ações da Cemig têm alta de 2,96% - a expectativa era de queda, já que o candidato do PT, Fernando Pimental, venceu as eleições no primeiro turno para o governo de Minas Gerais. O setor bancário, que também faze parte do "kit eleições", é outro com forte desempenho. As ações do Itaú Unibanco, que possuem a maior participação individual na composição do Ibovespa, apresentam alta de 5,93%. Bradesco avança 8,37%. No mercado externo, os principais índices do mercado acionário operam sem tendência definida. ARMINIO NA FAZENDA EM EVENTUAL GOVERNO DE AÉCIO Na votação deste domingo, Dilma teve 41,6% dos votos válidos, ou quase 43,3 milhões, enquanto o tucano ficou com 33,6%, o equivalente a 34,9 milhões. — Aécio se tornou um adversário muito difícil para a Dilma, ganhou musculatura e novo ânimo após retornar à disputa. O PSDB usará sua estrutura para levá-lo à vitória no segundo turno. Com Marina, seria mais fácil para Dilma. Hoje, as chances de vitoria de Dilma e Aécio são de 50% para cada — avaliou André César, analista político independente. Dilma tem sido fortemente criticada pelo mercado financeiro pela condução da atual política econômica, sobretudo pela falta de transparência na administração das contas públicas. Aécio tem preferência no mercado financeiro, principalmente, porque já anunciou que o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga será seu ministro da Fazenda caso seja eleito no próximo dia 26. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx As urnas mostram que as regiões Norte e Nordeste são redutos de Dilma: lá ela venceu em Alagoas, no Amapá, Amazonas, na Bahia, no Ceará, Maranhão, no Pará, na Paraíba, no Piauí, no Rio Grande do Norte, em Sergipe e no Tocantins. Ela também venceu em Minas e no Rio de Janeiro - segundo e terceiro maiores colégios eleitorais do país -, Rio Grande do Sul e no Tocantins. Já Aécio tem força no Centro Oeste e na Região Sul: ganhou em São Paulo, além de Distrito Federal, Espírito Santo, Goias, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Na Região Norte, levou ainda em em Rondônia e Roraima. O Sudeste, com Minas e Rio do lado de Dilma e São Paulo e Espírito Santo de Aécio, ficou dividido. No entanto, somando o número absoluto de votos na região, quem levou a melhor foi Aécio: ele soma 17,5 milhões de votos, contra 14,38 milhões de Dilma. O território onde Dilma teve a votação estadual mais expressiva foi o Piauí, onde obteve a preferência de 70,61% dos eleitores. Aécio, por sua vez, teve a votação mais elástica em Santa Catarina, com 52%. Terceira colocada, Marina teve quase 50% dos votos em Pernambuco, e terminou a apuração com 48% dos votos.
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